Quando começa a primavera, também começam
a intensificar-se as celebrações de casamentos na nossa Paróquia. É sempre uma
grande alegria esse dia para os noivos. Muitos deles fazem a preparação para o
casamento na nossa Paróquia.
Nestes últimos anos sou eu a organizar
esta preparação (CPM, ou seja curso de preparação para o casamento) e tem
sempre sido uma experiência muito positiva para os noivos. (feedback que
recebo) A razão deve-se ao fato que quem dá testemunho, nestes encontros, são
casais com pelo menos dez anos de casamento e com filhos. Isto torna o curso
muito interessante porque os noivos ouvem experiências de vida reais e com
muitos exemplos. As verdades que os casais partilham são fruto da sua
experiencia.
Gostaria de partilhar convosco alguns
destes testemunhos dados aos nestes CPM’s ao longo destes anos:
Nuno
e Patrícia uma vez falaram do tema: O amor constrói-se todos os
dias.
Com exemplos falavam da importância de
momentos de reconciliação permanentes.
O casamento não pode ser como um tribunal
em que cada um tem as suas verdades para defender. Não se trata de ganhar
discussões, mas de dialogar tentando entrar no ponto de vista do outro.
Também diziam, que no casamento Deus pôs
um ao outro no mesmo caminho, portanto é importante ficarem juntos apesar de
não perceberem tudo.
Miguel
e Ana falaram uma vez sobre o tema: As dificuldades do
casamento.
Deram exemplos de como as dificuldades
podem desgastar. O critério que eles utilizam e que os ajudou muito é este: “A imaginação de como deve ser, mata a
experiência”. Isto quer dizer que ficar cada um com as ideias que têm pode
ser perigoso, o que é importante é estar atentos ao que acontece, à
experiencia.
Uma outra frase
que fixei foi esta: “O casamento tem o
sacrifício da generosidade”. Ou seja é preciso dar mais do que se receber, dar
sem cobrar.
Por fim diziam: “Fomos dados um ao outro para uma vida inteira. Tudo o que acontece é
para a nossa felicidade. As dificuldades, portanto não são um obstáculo a uma
vida grande e feliz”.
Federico
e Sabrina falaram sobre o tema: A fecundidade do casamento.
Claramente este tema tem a ver com os
filhos e a sua educação. Eles têm quatro filhos. Diziam que os filhos crescem
muito olhando para os pais e isto força os pais a mudar. É preciso amar os
filhos assim como são para eles crescerem e aprenderem a amar. A paciência para
com os filhos ensina-lhes a perdoar. É preciso acolher para os filhos aprenderem
a acolher.
Ana
e Nuno falaram sobre o tema: o Sacramento do Matrimónio.
Para falar deste tema começaram dizendo
que o casamento é uma vocação. O casamento, a família são sinais do amor de
Deus. A consciência que o outro é sinal de Deus cresce com o tempo.
Falaram sobretudo da fidelidade um ao
outro. De acordo com o rito do Sacramento, esta é prometida entre os esposos: “Vós que seguis o caminho do Matrimónio,
estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?”.
Fidelidade quer dizer também
indissolubilidade: o casamento é para sempre. Só assim o outro pode ser o sinal
do amor fiel de Deus.
São de facto estes os quatro temas sobre
os quais os casais falam e dão o seu testemunho. No fim do curso, os noivos
ficam sempre com a impressão que o matrimónio é uma vocação exigente, mas capaz
de realizar a vida dos dois.
Pe. Raffaele Cossa
Domingo Pentecostes
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