segunda-feira, 13 de maio de 2013

MÊS DE MARIA




Maria é Mãe da Igreja. A Igreja é mais do que um povo, mais do que uma estrutura o de uma atividade simplesmente sociológica ou caritativa.
Na Igreja vive o mistério da maternidade e do amor esponsal que torna possível esta maternidade. Quando eramos crianças, aprendemos no catecismo que a Igreja é o Corpo de Cristo. Esta expressão de S. Paulo ensina-nos que a nossa vida de Batizados está chamada a uma tensão contínua, ao trabalho continuo de procurar a unidade entre o “corpo” – entre nós – e a “cabeça – que é Cristo mesmo – uma unidade que nãonos destrói, mas que nos torna livres. Maria custodia esta unidade, porque Ela mesma foi esta unidade, viveu total e completamente referida ao Filho. Quando rezamos deveríamos lembrar mais vezes que a nossa oração é saudável na medida que nos leva a olhar para onde Ela olhava, isto é para Cristo mesmo.

Maria cheia de Graça. É a saudação do Anjo, relatado no evangelho de Lucas, que a chama assim. O que é a Graça? No nosso pensamento religioso temos coisificado excessivamente este conceito, tornando Graça de Deus uma espécie de objeto estranho, que magicamente resolverá os problemas da nossa liberdade, que mudará a nossa vontade sem nenhum esforço. E sendo que disso não temos experiência –sendo um puro e simples erro – a esquecemos ou a consideramos supérflua.
Na realidade a Graça é um conceito que descreve uma relação, o seja, descreve uma conexão entre um Eu e um Tu, entre Deus e o homem. “Cheia de Graça” se pode traduzir como: “Tu estas cheia de Espírito Santo”, Tu estas em conexão vital com Deus. Por isso estar em graça de Deus significa ser crentes, significa estar naquele movimento que é próprio do amor.

Maria vencedora de toda heresia. Através de Maria chegamos progressivamente a um enraizamento afetivo a Cristo, à Igreja e ao mundo, chegamos a amar mais profundamente estas realidade. Por isso esta velha expressão dos nossos avós descreve ainda hoje uma grande realidade. Estamos a venerar retamente Nossa Senhora se o nosso amor a Cristo se torna uma realidade visível na nossa vida, se o nosso interesse para a unidade da Igreja (sempre ferida pela nossa mediocridade, pelas nossa murmurações, pelos atos só aparentemente de piedade) se torna um trabalho constante e desejado. Se o meu interesse pelo mundo me leva, pelo menos, a pedir que seja salvo, na sua totalidade.
Vice-versa o amor a Cristo e à criação, se é verdadeiro, inevitavelmente me levará a olhar para Maria como refugium peccatorum. (refugio dospecadores).

PGM

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