No dia 1 de Maio, cumpre oito anos a Igreja dos Pastorinhos, obra que tenho
acompanhado desde a sua construção. Cheguei como Diácono a estas Paróquias que
só desde há 3 anos administro como Pároco. Sempre temos vivido e partilhado
esta responsabilidade na comunidade dos sacerdotes da Fraternidade de são
Carlos Borromeu e com todo o Povo de Deus. Porque esta Igreja, como a Igreja do
Divino Espírito Santo do Sobralinho, são de todos (não de um padre ou outro), e
ficarão para sempre como património destas Paróquias.
Como digo, a Igreja dos Pastorinhos está confiada, desde a sua construção,
a uma comunidade de sacerdotes. Há um Pároco, responsável último, mas vivemos
juntos e sempre partilhamos caminhos, preocupações, alegrias... Como o
Francisco, a Jacinta e a Lúcia, que juntos se encorajavam e se ajudavam a ser
fiéis à missão que receberam, também nós, que neste momento somos uma
comunidade de quatro sacerdotes, procuramos essa luz que vem da comunhão.
Inúmeras pessoas testemunham esta amizade habitualmente e de muitas
maneiras. Não são só os paroquianos, as crianças da catequese, os jovens dos
nossos grupos, os idosos dos lares e os necessitados a quem damos apoio através
do Centro Social. São também muitas pessoas pelo País inteiro que sentem nesta
Igreja dos Pastorinhos uma sua casa e companhia: «alguém que olha por si.»
Ficamos comovidos com muitas pessoas de boa vontade, que nos testemunham
com esforços e sacrifícios a importância desta companhia e comunhão. Cada
dádiva é recebida com esta consciência; daí a gratidão, a alegria, e também o
compromisso de corresponder com as nossas orações, a responsabilidade com a
nossa missão.
Esta amizade e proximidade que tantas pessoas testemunham é, seguramente,
fundamental para vencer os medos e as inseguranças. Os quatro sacerdotes que
trabalham na Igreja dos Pastorinhos, como quase todos, têm uma vasta missão:
foram-nos confiadas 3 paróquias, colaboramos numa escola, temos um Centro
Social, temos responsabilidade em associações culturais e juvenis... Mas,
unidos, nesta comunhão e amizade, sabemos que recuperamos forças para avançar.
E são os pequenos milagres do dia-a-dia que nos fazem acreditar. Que
gratidão!
Convido todos a confiar aos Bem-aventurados Francisco e Jacinta, na sua
pobreza e simplicidade, os próprios medos e dificuldades: eles hão-de
interceder por nós diante de Deus!
P. Luis Miguel Hernández
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