Transcrevemos
a saudação de D. Manuel Clemente ao Patriarcado de Lisboa, após a sua nomeação.
Vivemos este momento com alegria e gratidão ao Espírito Santo. Com efeito, na
saudação que já nos dirigiu coloca-nos imediatamente diante de «Aquele que nos
dá força», e temos a certeza de que na sua humilde e sábia dedicação ao povo de
Deus encontraremos um exemplo e guia, um pastor à imagem daquele Bom Pastor a
quem o seu ensinamento e gestos remetem.
Pe. Luis Miguel Hernández
«Caríssimos
diocesanos do Patriarcado de Lisboa,
Por
nomeação do Santo Padre, o Papa Francisco, regressarei a Lisboa em julho
próximo, para vos servir como Bispo Diocesano. É um regresso enriquecido por
quanto aprendi na Igreja Portucalense, na grande generosidade e aplicação dos
seus membros, a tantos títulos notáveis. Como sabeis, não é a primeira vez que
um bispo portucalense continua o seu ministério entre vós: assim aconteceu designadamente
com D. Tomás de Almeida, que daqui partiu para ser o primeiro Patriarca de
Lisboa, em 1716. De Lisboa trouxe eu para o Porto cinquenta e oito anos de vida
convivida, como leigo e ministro ordenado, sob o pastoreio dos Cardeais
Cerejeira, Ribeiro e Policarpo. De todos eles guardo larga e agradecida
recordação, em especial do Senhor D. José Policarpo, de quem fui aluno e depois
colaborador próximo no Seminário dos Olivais e no serviço episcopal, muito
ganhando com a sua amizade, inteligência e conselho. A ele dirijo neste momento
palavras sentidas de muita gratidão e estima, sabendo que posso contar com a
sua sabedoria e experiência. Do Porto levo para Lisboa mais seis anos, plenos
de vida pastoral intensa nesta grande Igreja e região, quer no dia-a-dia das
suas comunidades cristãs, quer no dinamismo cívico e cultural dos seus
habitantes e instituições.
Assim
vos reencontrarei. As minhas palavras vão cheias do grande afeto que sempre
mantive por todas e cada uma das terras e populações que, de Lisboa a Alcobaça
e do Ribatejo ao Atlântico, integram o Patriarcado de Lisboa. Falo das
comunidades cristãs e de quantos, ministros ordenados, consagrados e fiéis
leigos, nelas dão o seu melhor nas diversas concretizações apostólicas. Falo
das associações de fiéis e movimentos, dos institutos religiosos e seculares,
das famílias, das instituições e iniciativas de todo o tipo em que a seiva
evangélica dá bom fruto. E refiro-me também a todas as realidades sociais e
cívicas onde se constrói aquele futuro melhor, justo e solidário de que ninguém
de boa vontade pode e quer desistir. Da minha parte, contareis com tudo o que
puder, n’ Aquele que nos dá força (cf. Fl 4, 13).
Saúdo
com grande amizade os Senhores D. Joaquim Mendes e D. Nuno Brás, bem como todos
os membros do cabido e do presbitério, do diaconado e dos serviços diocesanos,
dos seminários, paróquias, institutos, associações e movimentos: Todos juntos,
na complementaridade dos carismas e ministérios que o Espírito distribui,
seremos o Corpo eclesial de Cristo, para que o seu programa vivamente continue,
como o enunciou na sinagoga de Nazaré: «O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres…» (cf. Lc 4, 18 ss).
Vosso
irmão e amigo, com Cristo e Maria,
+
Manuel Clemente
Porto,
18 de maio de 2013
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